ENSINARÃO UM CAMINHO...

segunda-feira, outubro 31, 2005

Feita do mesmo barro......e de nenhuma costela de Adão.

"Lilith foi criada por Deus, feita da mesma substância de Adão, foi moldada a partir do barro, à noite, tão bonita e interessante, que logo criou problemas com Adão. Inteira em sua sexualidade, não queria submeter-se a ninguém, mas sim, ser companheira para compartilhar e gozar o sexo. Adão não se conformava com o fato de que Lilith quisesse participar do ato sexual de forma ativa, invertendo as posições e colocando-se, também, por cima dele na hora do sexo. Depois de desafiar a Adão e ao próprio Deus, foi expulsa (na verdade fugiu, encoberta pela noite) do paraíso (início do patriarcado). Lilith além de igualdade sexual exigia, também, o poder do conhecimento, e vendo que seus desejos não seriam atendidos, partiu para o Éter.
Depois de rebelar-se, Lilith é recriada a partir de excrementos, condenada a viver no Mar Vermelho, onde habitam os demônios e espíritos malignos, segundo a tradição hebraica. Torna-se noiva do senhor das forças do mal. Para compensar a dor de Adão, Deus cria Eva de acordo com as exigências da sociedade patriarcal. Diz-se que Lilith surpreende os homens durante o sono seduzindo-os com sua lascividade demoníaca, causando-lhes orgasmos demolidores, e que quando um homem é infiel à esposa que lhe foi destinada pelo céu, Deus retoma a esposa legítima e santa, entregando o homem aos beijos de Nahemah, irmã de Lilith (que triste castigo, não é mesmo?). Podemos analisar este ponto e perceber, que a traição masculina serve-se do mito para encontrar justificativas, que o redimam de sua culpabilidade, permitindo-lhe, também, que viva sua paixão demoníaca, até que volte aos braços de sua "santa esposa". Tudo muito bem estruturado para manter um casamento sexualmente pobre, quando não, brutal, criando mulheres sexualmente muito reprimidas para buscarem prazeres em outros braços, que não de seus maridos, garantindo-lhes, assim, a legitimidade de sua prole.
Seitas demoníacas apropriam-se de Lilith, e com isso dão continuidade ao controle da sexualidade feminina, transformando-o em tabu; leis do "Bem" ou do "Mal", tirando-nos o controle de nosso prazer. Felizmente, cresce a cada dia o número de mulheres que ignoram regras repressoras e mergulham em busca do conhecimento e felicidade de serem inteiras no seu gozo instintivo, abrindo uma porta à espiritualidade através do sexo"
Fonte: Joyce Mobley (resenet.com.br/psi_primeiramulher)
E tudo começou com Lilith... Errada ou não, ela apenas lutou pelo seus desejos, pelo que sentia. Se ela ia sofrer depois não importava, o que importava mesmo era não aceitar aquilo que a incomodava. Tenho um pouco de Lilith em mim... na verdade todas as mulheres tem um pouco dela, memso que seja bem profundamente...Só falta descobrir onde ela se escondeu.

segunda-feira, outubro 24, 2005

REFERENDANDO

Ontem mainha veio me acordar para perguntar se eu ia viajar ou não. Eram 5:00 h da manhã e estavam querendo que eu me acordasse para fazer uma viagem de duas horas e meia e enfrentasse um sol daqueles que só naquelas bandas do sertão têm. E o pior era o motivo de tal viagem. VOTAR NO REFERENDO. Sempre achei um saco ter que ir ao Alto do Rodrigues votar, mas ao menos eu sempre ia votar sabendo que número ia apertar e confimar.
Dessa vez era diferente. Eu estava tendo que tomar uma decisão às 5 horas da manhã, depois de passar o dia na farra e ter ido dormir tarde. O sono batia e eu naquela dúvida... "Votar ou Justificar, eis a questão". Não queria deixar meu voto nulo, queria fazer o meu papel de cidadã. Mas como fazer esse papel se eu não sabia ainda em que troço de pitoco eu ia apertar naquela urna??
Desde que saiu essa história de referendo, eu tinha plena certeza que ia votar no 1, NÃO AO DESARMAMENTO. Só que pensei, refleti, li e descobri que não era bem isso e que precisava pensar mais um pouco. E aí veio a dúvida.
Criei coragem. Acordei. Tomei uma ducha gelada. E enfrentei a estrada. Viagem tranquila. Gostosa. Cheguei 8:30 e a primeira coisa que fiz ao chegar na cidade foi votar. Estava na fila. Pessoas comentando a votação. AHHHHHHHHHHHH... não sabia ao certo, mas quando estava prestes a entrar... EU DECIDI... Fui lá... votei e não me arrependo. Acho que fiz a minha parte. Saí feliz... Revi meu avós, minhas tias, primos. Comi a galinha caipira e o chapéu de couro de minha voinha. Voltamos cedo... 19:30 estávamos em casa. Me arrumei, fui pro reggae. Cheguei em casa 2:30 da madrugada e posso afirmar que foi muito bom acordar Às 5:00 da manhã.
Minha escolha??? Ah...o voto é secreto!!!
*fotinha do sol se pondo no meio do caminho do Alto pra Natal. Pena que tá escuro e não dá pra ver a casinha direito.

sexta-feira, outubro 21, 2005

21 de outubro de 2004.


Nervosa não, mas ansiosa, sim. Bastante eu diria. Ela estava há meses esperando por esse dia. Sentada em uma mesa de restaurante, esperando por alguém que nunca havia visto antes, mas que com a tecnologia do mundo moderno, ela tinha conseguido encontrar. Dizem que o que faz 2 pessoas se apaixonarem virtualmente é a tal da essência. Ela diz que foi paixão à primeira foto. Não que ele tivesse a beleza de um ator de hollywood, mas ela viu nele um olhar sincero e doce, que ela até então nunca tinha conseguido ver em nenhum outro homem. Sim, eu sei, era apenas uma foto, mas vai entender essas coisas.
Agora ela estava lá, esperando para conferir se aquele olhar da foto lhe transmitiria a mesma doçura pessoalmente.
Pronto, não tinha mais volta. Ele estava atrás dela e quando se olhassem, quandos os corpos chegassem perto, aí sim, eles iam descobrir se realmente sentiriam a chamada "química".
E aí, foi. Rápido. Não deu tempo de ouvir sininhos ou de levantar o pezinho. Eu os definiria como ímãs. Os dois opostos que se atraem. Ele alto, ela baixa. Ele do sul, ela do norte. Ele muito mais objetivo, ela tendendo pro subjetivismo. Mas, claro, não eram tão opostos assim, já que agora estavam do mesmo lado. Colados. Unidos pelo desejo de estarem juntos. Bocas, corpos, mãos, naquele momento em que o 2 consegue se transformar em 1.

terça-feira, outubro 18, 2005

"Feliz é o destino da inocente vestal Esquecida pelo mundo que ela esqueceu Brilho eterno da mente sem lembranças. Cada prece aceita, cada desejo renunciado"
Alexander Pope
Seria bem mais fácil, não?? Esquecer tudo que se viveu e reiniciar. Apagar qualquer vestígio daquela relação que te fez sofrer, que te deixa triste quando pensa. Esquecer que um dia estiveram juntos.
Se não está mais juntos, o melhor é esquecer?? O mais fácil é apagar as lembranças que foram bonitas??
Lembranças... saudades...
Sem lembranças não haveria saudade. Existe a saudade de algo que não viveu?? NÃO EXISTE. Só sentimos saudades de algo que passou e que foi bom, mas apesar de tudo isso (de chorar de saudade, de chorar de tristeza), vale a pena apagar todas as suas lembranças??
NÃO. Não resolve. Não conserta. Além de estar se privando de viver a continuação de uma história e estar perdendo tudo que se aprendeu. Afinal, toda e qualquer relação é uma troca.
"Faça tudo em nome do amor, menos esquecer"

segunda-feira, outubro 17, 2005


Mulher com asas de folhas

Quem nunca ouviu falar que o destino está nas estrelas?? E apois... o MEU destino está nas folhas. Elas aparecem na minha vida sempre por um motivo. Elas respondem minhas perguntas, elas me acalmam com seus traços... As folhas têm para mim um poder que nem eu mesmo consegui decifrar ainda. Nada acontece na nossa humilde vida por nada, nem mesmo uma folha cai nessa vida por acaso.
As folhas são como as pessoas. Elas nascem, crescem, estão sempre se reproduzindo, vivem em um topo, depois caem e ficam secas. Folhas secas que aos poucos se decompõem e viram pó.