ENSINARÃO UM CAMINHO...

quarta-feira, março 29, 2006

ECLIPSE


1. Astr. Fenômeno em que um astro deixa de ser visível, totalmente ou em parte, ou pela interposição de outro astro entre ele e o observador, ou porque, não tendo luz própria, deixa de ser iluminado ao colocar-se no cone de sombra de outro astro.
4. Fig. Ausência, desaparecimento.
by Dicionário Aurélio

Acordei hoje, vi o nascer do sol e rapidamente ele estava sumindo e mais rapidamente ainda ele estava (re)nascendo. RENASCER. Existe o renascer? Melhor ainda, existe um renascer na mesma vida?? Para as terapias holisticas o eclipse é uma chance de começar ou melhor de recomeçar aquilo que para você não está legal. Tá certo isso não se configura um renascimento, mas... bem, pode ser uma nova chance. A energia aconteceu. Hoje às 5:35h aconteceu o eclipse solar. Foi rápido, mas emocionante. Irá demorar a acontecer de novo, só daqui uns 40 e tarará anos.
FOI LINDO!!! Não sei quanto a vocês, mas vou tentar usar essa energia que tá circulando por aí. Vou rever algumas coisas, aproveitar o sonho que tive a noite inteira antes do eclipse, para refletir.
Amei, errei, perdi, vive, cai, levantei, sofri, sorri, escolhi. Mesmo assim não deixo de amar, nem de lutar.

quinta-feira, março 16, 2006

O que é a vida se não o fim? Se tiver vida, então necessariamente terá fim. O que importa não é descobrir a fonte da eternidade, mas sim viver a eternidade que lhe cabe. E no meio de tantas coisas que se vão nunca se deve fechar os olhos para as coisas que ficam. Não existe uma perda total das coisas, mas uma reconstrução do que ficou. O fim faz parte de toda a trajetória de uma pessoa. O fim do dia, do mês, do ano. O fim da infância, da adolescência, da juventude, da velhice. O fim da amizade, do namoro, do casamento. O fim chega sim, mas o que se passou fica com suas marcas eternas.

Lembrança de Folha Seca - Mestre Ambrósio
Composição: Siba


Adeus...

Que a saudade que eu já senti

É mais que o tanto que eu sofri

Mas...Se a estrada é tão longa

Não adianta se cansar

Porque

Se a distância não te assombra

No fim do trilho

Eu encontro você

Veja a folha seca

Que o vento jogou no chão

Mesmo a folha morta

Tem lembrança do verão

Vai...

Ninguém morre de saudade

Vai...

Ninguém quer escravidão

Folha seca...

segunda-feira, março 06, 2006

Ainda bem que todo carnaval tem seu fim.

O carnaval foi carregar bolsas por muitos quarteirões em pleno sol de Recife, foi se perder dos amigos e achar alguém legal para deixar em casa, foi dormir 3 horas e acordar para ir para Olinda, pegar um ônibus lotado e fazer uma longa viagem, foi dançar muito frevo, comprar um óculos de dois reais, pegar sol, pegar outro ônibus e fazer outra viagem, foi ir pro Recife Antigo, se emocionar com o show do CORDEL DO FOGO ENCANTADO, foi se acabar, mesmo já estando acabada no show de LENINE até às 5:15 da manhã, foi não achar mais ônibus para voltar para casa e por isso chegar lá às 08:00 da manhã, foi tomar banho, se arrumar e ir direto para Olinda (quem foi pra Recife para dormir?), foi beber, pular, dançar maracatu, frevo, paquerar, perceber que foi roubada no momento certo, ficar feliz por ter guardado no esconderijo, que só os tarados acham, o dinheiro do ônibus da volta, foi voltar para casa e dizer “Foi Deus que nos trouxe até aqui” e rir, rir, andar cambaleando pelo corredor, tomar um banho e cair tesa no colchonete, foi dormir 4 horas e se levantar correndo para ver o show do Dusolto, foi entrar em transe, mudar de plano, sair do que é físico e sentir o espiritual na NOITE DOS TAMBORES SILENCIOSOS, foi assistir Riachão cantando “Ela quer me ver bem mal...vá morar com o diabo, que é imortal”, foi ir para a parada de ônibus na hora exata, porque senão, sabe-se lá de que horas passaria outro ônibus, foi se expremer em um ônibus para tentar ficar sentada, foi ouvir a bagunça da galera do fundão, foi dormir e acordar 5 horas depois, se arumar e partir para Olinda, foi se olhar o espelho e se ver nêga, foi não suportar que a tocassem pois estava toda ardida, foi estar fantasiada de garota dourada, foi voltar para o ponto de apoio, tomar banho e ir assistir a irreverencia punk de The Playboys e a doce melodia da Mula Manca e a triste figura, a beleza de Mawaka, foi conhecer pessoalmente um amigo que só conhecia pelos poderes da net, foi reunir amigos novos (Davi D, Kleber) e amigos antes já conhecidos (Iris, Henrique, Malungo, Ninha), que alegraram todo o carnaval com suas presenças. Foi perceber que chegou em pleno GAME OVER. Foi sentir que o corpo pedia descanso. Foi notar que realmente a quarta-feira de cinzas é imprescindível. Foi gostar de saber que "todo carnaval tem seu fim". Ainda Bem.