ENSINARÃO UM CAMINHO...

domingo, julho 19, 2009

OBRAS DO ACASO

Seria interessante ir a uma exposição das inúmeras obras do Acaso. O Acaso é prestigiado e adorado por muitos. Sempre suas obras são as mais comentadas, as mais surpreendentes, as mais incríveis de se acontecer. É coisa comum escutar alguém contando por aí sobre alguma obra do Acaso. Ele é um artista ilustre, só aparece quando quer e sem ninguém estar esperando. As vezes passa sem fazer muito alarde e fica despercebido. Mas ele consegue também ser assustador e fazer com que muitas pessoas fujam dele. O Acaso é uma espécie de Deus que mexe com o destino das pessoas que atravessam o seu caminho. Cada obra que o acaso faz causa um alvoroço. Faz corações se apaixonarem, faz amizades serem reconstruídas, faz encontros surpreendentes e só ele é capaz de mudar a vida de alguém completamente. Quando se vê alguém surpreso, assustado, admirado, feliz ou triste, enfim, demonstrando uma emoção, já vem logo na cabeca que isso só pode ter sido uma obra do Acaso.

quinta-feira, julho 16, 2009

Eu sou uma frigideira

Ei, eu num tenho sorte não. Eu sou uma frigideira. Óia só. Meu namoro terminou, né? Aí tudo bem, depois fiquei saindo com minhas amigas e tal. Só que nunca ficava com ninguém, só pra me divertir mesmo. Invento de ir pra vaquejada de Currais. Descoleeii. Obaa!! Até que enfim, né? Só que daí, quando foi no sábado eu vi ele dando em cima de uma menina. Acredita? PQP. Fiquei iradaaa e ele ficou lá me paparicando, cheio de papo, pedindo desculpas e tal, tal, tal. Aííí, tudo bem, eu besta fui e fiquei com ele de novo. Quando foi no domingo, descobri que ele trabalha no Pará. Passa 20 dias lá e 10 aqui. Sai daíííí!! Tenho sorte não. Nunca vi igual. Pois é, amiga, frigideira é uma panela sem tampa.



*Texto inspirado e escrito por Paula Beatriz. Só dei uma pitadinha de orégano.



(Te amo, frigideirinha!!!)

(nem tudo está perdido, olha o que eu encontrei, o grande lance é procurar)

quinta-feira, julho 02, 2009

DIREÇÕES

Que louca sensação tenho agora, enquanto busco as palavras certas para escrever. Vou comerçar contando sobre meus pensamentos ontem. Estava eu em casa pensando sobre a ausência e a presença das pessoas em nossas vidas. Pois bem, sabemos que existe um outro que não é a gente e sabemos que com esse outro corpo presente compartilhamos algo. Existe a presenca que dura 1 min. ou a presenca que é constante. Identifico a presença constante a alguém que tem total conhecimento de nossa vida, porque provavelmente se tem uma pessoa que sabe sempre de voce. No entanto, se passa também de nao existir uma presença constante e a essa falta eu chamo de solidão. A condição dessa pessoa no momento é estar sozinha, como se estivesse perdida no meio da multidao. E se algo lhe passa, não há ninguém para encontra-lo e ajudá-lo. Essa pessoa vai ter somente as presencas temporárias.
Eu já vivi algo parecido com essa solidão, enquanto viajava sozinha no Brasil e também já vivendo por aqui em Buenos Aires. Nesses momentos me assustava e tinha medo que algo me acontecesse sem que ninguem tomasse conhecimento. Simplesmente sumiria por completo da vida do outro que está distante e esse outro nao saberia nada de mim. Eu estava sozinha. Estava ausente de pessoas conhecidas e só vivenciava a presenca temporária. Até que aos pouquinhos, algumas pessoas surgiram em minha vida e fui voltando a sentir algo parecido com o que eu sentia em Natal, na presenca de amigos e de familia que eram totamente presentes. Agora tenho uma pessoa presente todos os dias e que sabe onde estou em todos os momentos, porque me busca sempre que estou ausente. Não só tenho a alguém presente, mas esse se preocupa comigo. Nao vivo mais a fase da solidão, mas entendam que não foi uma solidão triste, foi simplesmente estar soZinha.
Isso tudo pensei ontem e hoje recebi a noticia de que uma amiga faleceu. Então, comecei a pensar em outra coisa. Faz meses desde que a vi pela última vez e nossa despedida foi com um grande beijo, abraços e sorrisos que eram grandes qualidades dela. Carinho como o dela são poucos que sabem dar. Ela era o anjo protetor de muita gente e sei que foi para proteger que ela veio à terra. E asssim o fez. Protegeu até o último dia de sua vida. Aparecida, um nome de santa. e uma alma de anja travessa. Essa foi a Cida pra mim. Ela segue ausente como esteve desde o nosso último encontro, mas agora se foi a esperança de um encontro e ela é uma ausente permanente. Pois bem, é assim que segue o nosso tempo nesta dimensao, que chamamos de vida, cheio de direções, sejam sozinhas ou acompanhadas. E vivemos felizes até que a ausencia nos separe...